E o que não vemos por causa do GPS?

[RuiJSDuarte]

Hoje, ao procurar uma cache para a cena dos xouvenires, "reparei" que por causa de estar a olhar para o GPS nos metros finais não vi algo...
E o que era esse algo?
Bem, começou por ser uma singela vespa, depois outra e mais uma, e quando me afastei o suficiente para olhar como deve ser, eram dezenas delas, a poucos metros, para não dizer centímetros, de onde tinha estado quando vi a primeira e a um palmo da cache.
Talvez por causa do sol as bichas estivessem "moles" ou assim porque não esboçaram grande incómodo com a minha presença... sorte.

Algum episódio do género para partilhar?

[rifkinda]

Recentemente aconteceu-nos o mesmo numa cache em Alcácer do Sal. Um ninho de vespas a poucos cms da cache.
Aliás, o tema fotográfico daquele mês era "Picado" e o Rifkind até gozou que tinha conseguido tirar umas fotos com o tema "Quase picado".

Realmente, às vezes na aproximação final a uma cache, nem reparamos nesse tipo de coisas ou que está uma vizinha à janela na casa em frente, por exemplo...

Há que ter um pouco mais de cuidado e não nos deixarmos levar pelo entusiasmo que estamos quase a conseguir encontrar a cache.

[hfilipe]

Grande sorte essa, de estar tão perto de vespas e não ser picado. Elas não costumam ser "amistosas"! É o que dá andares a descobrir caches só para os souvenirs.

Quanto ao tópico, não me lembro de apanhar algum susto desse género por estar "agarrado" ao GPS.

[andreia238]

Ate agora o maximo que aconteceu foi mesmo estar a olhar para o telemovel e um puto dizer muito alto "olha as caches, é para as caches" acho que fiquei mais envergonhada eu que ele

[RuiJSDuarte]

Já me tinha acontecido parecido, mas safei-me.

Código: Selecionar todos

Tive muita sorte neste DNF... dizem que à terceira é de vez mas neste caso, não! E para não arriscar a quarta, fui embora...
Passo a explicar...
Dirigi-me para o gz, depois de deixar o carro no estacionamento perto, e optei pelo trilho pelo meio do mato ao invés do lateral para poder atacar a cache por cima, visto ir com sapatinhos do trabalho e achar que não ia conseguir subir ali.
Andei um pouco ás voltas, olhando esconderijos, ciente que no meio das árvores e com o céu tão nebulado, a leitura do GPSr podia não ser a melhor e avançando na direcção do GZ.
Ora, aqui começou a minha sorte...
Ao rodear uma árvore comecei a ouvir uns zumbidos perto dos ouvidos e a multiplicar-se rapidamente...
Strike One, nesta altura estava a olhar para e vi pelo canto do olho e perto do pé direito uns riscos amarelos a saírem em grande azafama de um buraco no chão! Vespas, claro... e a Sorte?!? Sorte de estar de chuva e ter comigo o chapéu! Deve ter sido algo digno de se registar, um tipo de fatinho e gravata, no meio do campo a brandir um chapéu de chuva e a deslizar dali para fora enquanto batia com o mesmo na cabeça... e Sorte de ter a trunfa por cortar!!! Deste encontro registo apenas uma leve, muito leve sensação na mioleira que se pode dever a uma bicha me ter picado muito suavemente ou de ter batido com o chapéu com um pouco mais de força.
Quando me consegui livrar da bicharada, no GPSr mostrava já 67m para o GZ... são persistentes!
Strike two, voltei atrás, pelo trilho exterior, para verificar a quantidade de insectos voadores na área de modo a fazer este log... estava a olhar para, à vontade, meia centenas de vespas bem zangadas, a cerca de 20m, quando uma mais afoita veio direitinha a mim e zás em cheio na lente dos óculos! Sorte em ter levado os óculos!! e baza!!!!
Strike three, faltava agora identificar o esconderijo da cache para poder relativizar o problema... dei a volta pelo trilho interior e dirigi-me para o local, utilizando a árvore para me tentar manter fora do ângulo de visão das já mais que referidas vespas e acho que consegui identificar o esconderijo (segue foto). Se for mesmo o local, está a menos de um metro do VESPEIRO (aquilo não será um simples ninho de vespas pois se contar que metade dos bichos saiu cá para fora e metade ficou no interior estamos a falar de uma centena deles), apenas do outro lado da árvore. Falta referir que mais uma vez uma bicha mais confiante veio testar a espessura do meu cabelo e tive de me por a andar!!! E fui embora...
Em caso afirmativo ou se a cache estiver na mesma zona, aquilo não é de todo seguro!!! Recomendo vivamente a desactivação da cache para que se verifique e se altere o GZ, se for mesmo necessário.
Possivelmente o facto do terreno estar ensopado, fez com que se sentisse com mais intensidade as vibrações provocadas por mim e deste modo espevitei as bichinhas... :)

Já o Marulhar, não,

Código: Selecionar todos

O eucaliptal, já georeferenciado numa cache anterior, é bastante agradável e a cache apareceu rapidamente mas, após a leitura das aventuras do RuiJSDuarte, claro está que não podia sair dali sem encontrar as vespas! 
De facto, é como ele diz: um buraco no chão a pouco mais de 1 metro do esconderijo. Como sou abelhudo por natureza, lá me pus fotografar o ninho a poucos centímetros da entrada... Resultado: uma picadela dolorosa e um dedo que rapidamente se converteu em chourição! 
Há muitos anos que não experimentava os mimos destes bichinhos, mas não lamento nada. Foi sem dúvida uma experiência estimulante e até é um bom exercício para manter o sistema imune em forma!

[biscas]

Á cerca de um ano, o que não vi foi um degrau.
Não estava a achar caches, mas estava a olhar para o C:Geo no telemóvel, por isso estava em estudo geocachiano.
Eu a pensar que já tinha chegado ao fim do patamar, e voilá apareceu um degrau extra, que me fez aterrar no patamar.
Agora, quando desço escadas, concentração total nos degraus, se houver alguma cache em escadas, para-se e analisa-se o GZ

[clcortez]

Atenção às diferenças entre as vespas!

As vespas "comuns", que fazem pequenas colmeias/favos de papel (acizentados) e que preferem os telhados, pequenos orifícios de habitações, etc, são as mais comuns de encontrar, não ultrapassando as duas dezenas de indivíduos por colmeia. Estas não são muito perigosas, pois só atacam se forem efectivamente atacadas por nós, quer por querer quer sem querer ( às vezes sem querer batemos numa ou quase que as pisamos e elas pensam que as estamos a atacar, é o caso mais comum, ou quando metemos a mão em locais perto dos vespereiros). Quando as desafiamos perto das suas colmeias, quando ataca uma atacam todas, o que muitas vezes resulta em múltiplas picadelas.Também como são colónias pequenas, não existe muito risco de o veneno das picadelas ser perigoso ao ponto de causar danos sérios.
As vespas que fazem os "ninhos" no chão, a que chamamos normalmente vespas "de panela", são bem diferentes, para pior. Não são colónias de uma ou duas dezenas de indivíduos, mas sim centenas ou milhares, portanto, se atacarem, pode significar a morte da vítima, se for injectado muito veneno e se for um animal pequeno ou uma criança. Enquanto as comuns não fazem colmeias (ou vespereiros) no chão, estas só o fazem no chão, logo, é fácil perceber quais são elas. Se virem uma vespa a sair de uma pequeno buraco no chão, fujam, e rezem para não atormentar nenhuma no caminho de fuga.
Conheço bem as duas, e vendo uma pousada consigo distingui-las: enquanto a vespa comum tem um silhueta pronunciada (cintura fina) a vespa de panela não tem cintura defenida. Quando virem uma tentem reparar nesse pormenor.

Assim, no exemplo dado pelo Rui só posso aconselhar uma coisa (não sei se foi há pouco tempo ou não): imediatamente colocar uma note na cache e pedir a desactivação da mesma até o problema estar sanado, a fim de evitar ocorrências graves. Divulguem sempre estas informações de modo a que todos nós tenhamos conhecimento quer desta informação preciosa quer dos casos concretos para os podermos evitar.

Para finalizar, deixo dois links que encontrei na net com informação mais detalhada com imagens inclusive.
http://montedomel.blogspot.pt/2010/11/c ... espas.html
http://www.ehow.com.br/remover-ninho-ve ... omo_73319/