por clcortez » sexta dez 30, 2011 22:45
Mapas. Mas passo a explicar:
Desde sempre que conheço mapas. Aliás, sempre adorei geografia, mapas e afins. Não segui essa via de aprendizagem por simplesmente ter coisas que preferia ainda mais. E porque não via muito futuro para além de ser professor de putos que estariam na idade parva e do armário.
Daí, que desde cedo aprendi a interpretar mapas e a ter referências para as escalas e orientações. Por isso, dou preferência a mapas detalhados e devidamente calibrados. Aqueles que se oferecem por aí nas companhias de seguros e afim são um verdadeiro atentado ao relevo, dá-me calafrios pegar num mapa desses que representa as estradas entre localidades com linhas rectas.
Quando o geocaching apareceu na minha vida já conhecia os GPSr de vista, ou seja, sabia como funcionavam (mais ou menos) e já os tinha visto, mas nunca tinha tido contacto com eles. Nessa altura percebi a utilidade da georeferenciação por coordenadas, até então me fazia impressão tantos números para trabalhar "à mão" as coordenadas de um determinado ponto (UTM). Foi nessa altura que descobri o WGS84 e como era muito mais simpático e intuitivo que UTM.
Ou seja, em 2003 fiquei radiante por ter nas mãos um aparelho que finalmente me "assinalava" um ponto no mapa de uma forma automática!
Mas voltando à questão, o uso do GPS nessa altura não servia muito mais do que para o GC, até porque poucos (muito poucos) eram os que sabiam o que aquele telefone grande fazia. E de facto, se eu quisesse aproximar-me de um local ou de uma coordenada que eu não conhecia, precisava sempre de um apoio de um mapa, pois a cartografia era simpática mas não havia navegação por estrada, esta só apareceu mais tarde.
Quando esta surgiu, fiquei espantado com os algoritmos fiáveis que de facto nos faziam chegar de um ponto A a B pelo caminho mais curto ou mais rápido. No entanto, depressa me apercebi de duas coisas: que por vezes e quando conhecia a zona que o percurso de A a B do GPSr era diferente do meu e que o meu era o melhor, e que para fazer GC em zonas que não conhecia precisava do mapa na mesma para uma aproximação mais segura à zona da cache.
Assim, apesar de usar um GPSr de mão desde 2004 (primeiro um Magellan Meridian Gold e depois um Platinum) que é super fiável e de ter uma "coisa" para navegação por estrada continuo a usar o mapa em papel para planear viagens ou deslocações para locais que não conheço, e nesse caso a grande vantagem é que na cartografia em papel estão marcados diversos pontos de interesse (para mim) que consigo ver num ecrã de cerca de 20 polegadas (se considerar um mapa de tamanho A3) em vez de um mapa de 3 ou 4 polegadas (se considerar um ecrã de um smartphone), em que tenho que andar para a esquerda e para a direita, cima e baixo, zoom out e in para planear um percurso maior.
Portanto, se não conhecer a totalidade do percurso até a um determinado ponto, uso o mapa para planear o percurso até à localidade mais próxima, ou estrada mais próxima (isto inclui o GMaps por exemplo, por ser actual e me dar os trilhos de terra batida), e depois nas centenas de metros finais uso o GPSr para me dar acesso ao local exacto. Isto se for um lugar remoto. Se conhecer o percurso, uso só o GPSr na aproximação final.
Se o destino for um local urbano então também uso o GPSr para me facilitar o acesso à rua pretendida, evitando perder tempo e evitando sinais proibidos, por exemplo.
O que eu gostava mesmo era de ter praticado Orientação. Acho que era bom nisso. Infelizmente, nunca se proporcionou.