O
making-of da foto:

e das outras.
Tenho-me "baldado" às explicações técnicas de como consigo responder ao desafio de cada tema, o que é pena. É esse o interesse maior do tema: obrigar-nos a sair da nossa zona de conforto ou da zona da "foto de sorte que saiu bem".
Para este tema, a ideia era criar a ilusão de anti-gravidade. Mostrar algo desconcertante, porque baralha a nossa ideia de possível e impossível.
Claro que a gravidade não tem botão de ON/OFF e portanto, estas fotos implicam normalmente alguma acrobacia ou engenho.
No meu caso, as técnicas recorreram ao salto:


e à queda:

associados a um bom timing do fotógrafo. Aqui a máquina não precisa de ser rápida, mas tem de ser prevísivel. A pré-focagem ajudará bastante a acertar no momento certo.
O "diabo" está nos pormenores. Nesta foto:

notam-se:
- pé direito dobrado
- braços assimétricos
para ficar ainda melhor, o ideal seria estar mesmo paralelo à coluna. Isso implicava a foto ser tirada uma fracção de segundo mais tarde.
Como foi tirada? Simples:
- eu (o modelo), coloquei-me em posição, paralelo à coluna e seguro a esta pelo braço esquerdo;
- a fotógrafa preparou-se com a máquina (pré-focagem com obturador a meia posição);
- eu larguei a coluna e desloquei o braço para o corpo e a Rita fotografou;
- eu tentei atabalhoadamente amparar a minha queda, deslocando-me em círculos e apoiando-me com os braços lateralmente, tentando não partir um pulso, até que me enrolei numa queda aparatosa, conseguindo apenas dar um jeito nas costas.
A cena deve ter sido caricata para quem estava a ver. Felizmente esta foto saiu boa q.b. à primeira, porque outra queda como esta acabaria de me dar cabo das costas.

As restantes fotos foram menos violentas.
Nesta

os pormenores estavam em conseguir tirar a foto ainda em ascensão, para que a t-shirt e a bolsa não ficassem "no ar". A posição dos braços e pernas tentou simular um
levantar vôo à super-homem (ou neste caso, fora o pijama,
mais à super-pateta). O resultado não foi perfeito.
Finalmente, nesta:

a (minha) ideia acabou mesmo por ser aproveitar o movimento das coisas em queda, para simular a pose de flutuação ao estilo "dragon-ball":
(reparem na semelhança do chapéu...
)Aqui o pormenor foi a Rita olhar para cima, onde a minha cara estaria durante o salto, e não para onde ela estava enquanto preparava a foto.
Falharam as minhas mãos, por exemplo, que estão abertas na foto e deviam estar fechadas.
Não vou parar de pensar neste tema para outras fotos. Acabarei por conseguir umas que fiquem mesmo boas. Para já, tenho mais respeito pelas nódoas negras de quem tirou fotos como esta, que usei como exemplo no ínicio:
![Big Smile [:D]](./images/smilies/icon_smile_big.gif)