No seguimento da proposta do Manel de andar de etiqueta em punho pelo país aproveitando para fazer manutenção às suas caches, e tendo eu projectos em comum com ele resolvi acompanhar o desafio adoptando as ditas etiquetas e percorrendo também todas as minhas caches colando a etiqueta e fazendo a manutenção preventiva a todas a minhas caches colocadas no terreno.
Assim, foi criado este Plano. Uma vez que se tratam de dezenas de caches, algumas até complexas e espalhadas por todo o país, tornou-se necessário criar uma estratégia de concretização deste Plano, optimizando rotas e aproveitar para fazer alterações à muito necessárias em algumas caches.
Criei este tópico para servir de "sala de debate" em torno deste Plano, e para o qual peço a vossa ajuda desde já. O que peço não é ajuda no terreno, mas sim as vossas opiniões e sugestões de modo a melhorar o mais possível as minhas caches, que como alguém diz, a partir do momento que as criamos e colocamos no terreno passam a ser de todos os geocachers, assim parece-me justo que possa pedir aos geocachers que as encontram que dêem o seu contributo no sentido de melhorar o mais possível algo qe foi colocado exclusivamente para eles.
O Plano já está em marcha. Desde o mês de Janeiro, quando o Manel me entregou a primeira remessa de autocolantes, já comecei com as manutenções obrigatórias que tinha que fazer e mais algumas preventivas. No entanto, há ainda muito por fazer.
Quando colocamos uma cache, assumimos que iremos providenciar a sua manutenção, sempre que necessário, ou pelo menos arranjamos a devida solução para tal, mesmo que não seja feita por nós. Cabe a cada owner preparar devidamente e planear todos os pontos da cache de modo a 1) garantir que a cache cumpre o objectivo do owner sem intreferir com a envolvente e 2) que a mesma tem a qualidade mínima para não ser necessário efectuar manutenção constantemente. Para mim, quando se idealiza e cria uma cache há pontos a ter em conta, são eles:
- Local: deve ser feita uma análise prévia do local onde se pensa esconder a cache que se idealizou. Por vezes são necessárias várias visitas, quer para avaliar as várias condições atmosférias (chuva, neve, marés, vento, etc) quer para falar com proprietários, pedir autorizações, tirar coordenadas de pontos intermédios, etc. A escolha deve recair em locais que sejam abrigados das intempéries e dos muggles. Não é raro desaparecerem caches principalmente devido a estes dois factores. E claro, a escolha do local deve ser feliz, remetendo para o tema da cache. Se o tema é a paisagem, não vou mete-la num local onde não se veja a dita. Se o tema é uma villa romana não vou mete-la noutro local que nada tenha a ver. No entanto, não devemos nunca colocar a cache num local que a sua colocação e depois a sua procura possa danificar a envolvente. Se antes quando colocávamos uma cache a envolvente passava anos sem se notar que a cache lá estava, agora com a quantidade de visitas que vão ocorrendo com regularidade (em alguns casos) o desgaste da dita envolvente é evidente.
- Container: o mesmo deve ser sempre (que possível) estanque. Isso evitará muitas visitas de manutenção, logo à partida. Depois, evitar mecanismos complexos de abertura e fecho, rapidamente serão inutilizados pelos geocachers menos pacientes. Evitar colocar grandes pedras em cima do container, rapidamente vão partir, até porque os geocachers acabam por adicionar mais algumas para o tapar melhor...
O dito deve ser camuflado de acordo com o local onde está escondido, deve ser pintado ou revestido com algo que o confunda com o local. Deve ostentar sempre que possível um símbolo que o identifique e não o faça parecer lixo. E os sacos de plástico passam a ser abolidos, pois as suas duas funções foram descartadas: proteger da água (o container é estanque) e camuflar (o container foi pintado).
- Logbook: o logbook deve ter dimensões generosas quer em tamanho das folhas quer em nº de folhas, mais uma dica para evitar manutenções frequentes. Só devemos adoptar containers e logbooks mais pequenos se não houver mesmo hipotese de colocar um maior.
O logbook deve indicar claramente na capa o nome da cache, o códico GC e o nome do owner. Se o mesmo quiser, um contacto seu, isso facilita o contacto com o mesmo caso seja necessário remover o container do local.
- Material de escrita: a cache deve conter sempre material de escrita, lápis ou caneta, ou ambos. Se optar pelo lápis, que escreverá sempre, deverá ser adicionado um afia. Recentemente comecei a escrever o nome da cache nos lápis e nos afias para que estes não sejam levados...
- Stashnote: a cache deve conter sempre uma stashnote, algo que explique de forma simples e resumida o que é o Geocaching e o que está aquela caixa ali a fazer. Sempre utilizei stashnotes em folhas separadas, mas adoptei recentemente a técnica de colar a stashnote às costas do logbook ou à tampa (interior) para que não seja levado, pois aquelas bonitinhas plastificadas estavam sempre a desaparecer...outra técnica é adicionar à dita o nome da cache e do owner, assim já não poderão ser usadas noutras caches.
Se há locais onde a stashnote em português é suficiente, noutros deve haver informação em inglês também, como no Algarve ou Madeira por exemplo.
- Documentação: desde sempre que me habituei a ver documentação nas caches. Rapidamente esse hábito se perdeu na generalidade, mas eu adoptei-o desde a minha primeira cache colocada em 2003. Penso que acaba por ser um complemento à stashnote, pois quem encontra a cache adicionalmente ao ver que se trata de algo que se destina a promover aquele local e se tiver bom aspecto e bem acondicionado (nada de folhas soltas dobradas em quatro) os muggles terão mais "respeito" pela dita.
A documentação não é de todo obrigatória, mas ajuda a quem encontra a cache a perceber o que está ali a fazer e a dar valor ao local. Por exemplo, se a cache é sobre um convento, se eu ler a listing (que poucos lêem) e tiver várias referências a pontos a visitar junto à cache o mais provável é não me lembrar de o fazer quando visitar a cache (a não ser que tenha o listing comigo em algum suporte na altura da visita) e a documentação é algo mais concreto, eu indico dicas como "olhe para trás e veja a fachada da igreja" ou " quando sair, passe na fonte que fica à sua esquerda", coisas que normalmente não posso indicar no listing. Mais, quando se tratam de multi caches ou mistérios, muitas vezes não podemos mesmo colocar toda a informação no listing, a documentação na cache acaba por ser o complemento da informação sobre o local. Esta documentação deve ser plastificada, personalizada (nada de retirar informação da net e simplesmente imprimir) e de dimensões adpatadas ao tamanho do container.
Sendo que a 99,9% das caches não têm documentação, atrevo-me a perguntar se será por opção dos owners ou se por mera falta de assunto sobre o tema da cache para escrever algo...
Também aqui se aplica a situação bilingue como nas stashnotes em locais mais turísiticos.
- Etiqueta de aviso: a nova etiqueta criada pelo Manel passará a ser item "obrigatório" nas minhas caches, esta etiqueta será colada em local mais ou menos visivel no interior da cache, nomeadamente no interior da capa do logbook, no interior da tampa do container, na 1ª folha do logbook se for uma micro. Penso que devemos esperar um ano para analisar os resultados e se de facto houve alteração de comportamentos nas caches onde a mesma foi colocada.
- Listing: embora muitas vezes o listing seja descorado do valor intrínseco da cache este tem uma parte considerável do mesmo. É a "cara" da cache, é o que a torna a cache "apetecível" de ser visitada, é onde está toda a informação disponível sobre a mesma e o local. A qualidade do mesmo é muito importante, ser apelativo, com textos bem elaborados, ortografia correcta, fotos apelativas, dicas sobre o local e imediações (restaurantes, parques merendas, acessos, fontes, estacionamentos, outros pontos de interesse nas imediações) são extremamente importantes. Se podemos melhor a qualidade do nosso geocaching que praticamos penso que é por aqui que há mais a fazer, mais do que nos containers. Uma etiqueta colada na cache serve para relembrar o geocacher que a está a fazer para aquela causa, mas ela deve ser logo clara no listing. Assim, vou adoptar a etiqueta do Manel para também ser colocada nos listings de todas as minhas caches.
Em detalhe, os listings das minhas caches terão o seguinte:
- nome de acordo com o local ou tema da cache
- atributos preenchidos o mais possível
- dif e terreno escolhidos tendo em conta a média
- textos em português e inglês
- pequeno texto de apresentação
- a história associada ao local
- a ideia e história associada ao motivo da colocação da cache
- informação complementar para fazer a cache (avisos de segurança, dicas de abordagem, etc
- informação sobre o container
- ter sempre dica
- fotos no listing
- Boas Práticas para a prática do Geocaching
- links para os dois portais nacionais
Estes são os aspectos principais a ter em conta neste Plano Nacional de Manutenções. Seguidamente indico as caches que estão ao abrigo deste Plano, e o distrito a que pertencem (por ordem de publicação):
Tradicionais:
- Loca do Gato - Lisboa
- Vera Cruz - Évora
- Barragem de Alqueva - Beja
- Castelo de Santiago - Setubal
- The Toy Box - Lisboa
- Alto da Pena - Lisboa
- Mata do Bussaco - Aveiro
- Noudar - Beja
- Pomarão - Beja
- Linhas de Torres - Forte da Feira - Lisboa
- GnE II - Picota - Santarém
- Evoramonte - Évora (adoptada do owner HDV)
- GnEIIa - Segue o Coelho Certo! - Lisboa
- Passeio pelo Parque de Montachique - Lisboa
- Marconi II - Lisboa
- Covão da Ametade - Guarda
- Poço do Inferno - Guarda
- The ElectroBox - Lisboa
- Fornos II - Ruinas Abul - Setubal
- Projecto VG...ou talvez não! - Lisboa
- Um Museu Original - Lisboa
- Pico Alto - Santa Maria - Açores
- Villa Romana de Milreu - Faro
- Heavens Falls - Açores
- Quonset Hut - Açores
- Parque Florestal das Fontinhas - Açores
- Ouguela - Portalegre
- O Salto - Lisboa
- Headland - Faro
- Currais da Valeira - Branda - Faro
- Anta das Pedras Altas - Faro
- Castelo Alado - Lisboa
- Projecto GeOldSchool - Pego da Curva - Santarém
Multis:
- Chafariz de Loures - Lisboa
- Uma Cache Monumental - Lisboa
- Palácio do Correio-Mor - Lisboa
- La Ruta de Los Tuneles - Guarda
- A Trip by the Solar System - Évora
Caches em co-autoria:
- Na Linha do Douro - Guarda, com MAntunes
- Canto Inferior Direito 2 - Faro, com alieri
- 5^H9 years - Quinta dos Travassos - Lisboa, com btrodrigues
- A Corrente do Sado - Setubal, com Skull the kepper
- O Ferribote - Setubal, com Idilio49
- Touch The Sky - Faro, com Prodrive e NunoGil
O que vos peço é uma opinião sincera essencialmente sobre dois aspectos, listing e cache propriamente dita, acerca das caches que já tenham visitado da lista acima. Podem claro dar a vossa opinião somente sobre os listings caso ainda não tenha visitado algumas!
Assim, os aspectos que procuro melhorar e ter uma opinião formada depois de ouvir as vossas sugestões são:
Listing:
- se a escolha do nome é adequada
- se os atributos estão devidamente preenchidos
- dif e terreno bem escolhidos
- o tamanho do container
- a qualidade dos textos
- se a estrutura da página está bem construída
- se a informação complementar para fazer a cache (avisos de segurança, dicas de abordagem, etc) são adequados e suficientes
- se a informação sobre o container é pretinente
- a dica
- as fotos no listing
- o texto das Boas Práticas para a prática do Geocaching
- se devo ter os links para os dois portais nacionais
- se a página é apelativa
Caches:
- a escolha do local e do tema
- o sitio onde está escondido o container
- o tipo de container
- o logbook
- a stashnote
- a documentação
- o material de escrita
- a etiqueta de aviso e locais escolhidos para a colocar
Deixo-vos algumas fotos exemplo de manutenções recentes que tenho feito para verem o que está no terreno e ajudar na vossa opinião.
Villa Romana de Milreu - colocação de novas stashnotes coladas à tampa e ao logbook. Como é uma cache com elevado nº de visitas de estrangeiros optei por ter sempre stashnote em inglês também.
Um Museu Original. Recolocação de container e logbook e manutenção já no âmbito do PNM. A etiqueta do Manel ocupa o fundo da 1ª página do logbook, mesmo à medida!
Também o container de tamanho micro levou a etiqueta do lado de fora.
Barragem de Alqueva. Vista do PNM. Como o logbook já era existente e estava quase vazio e em condições optei por o não substituir. Tive assim que colar a etiqueta nas costas do logbook.
Forte da Feira. Logbook personalizado com nome da cache, gc code, logos do GC e agradecimento da visita. Tampa do container também com identificação do nome e GC code, assim como os logos do GC mais conhecidos.
Forte da Feira. Etiqueta do Manel colada no interior da capa do logbook.
Forte da Feira. Stashnote colada na contra capa do logbook.
Evoramente. Exemplo de uma cache que adoptei e que mantém a stashnote e documentação colocada pelo owner anterior. Assim se manterá até ser necessário nova, apesar de não estar de acordo com o que estou a executar agora, mas neste caso em respeito ao seu verdadeiro "dono".
E pronto, venham de lá as vossas opiniões/propostas!:)
Muito obrigado pela atenção e pela vossa disponibilidade desde já!
Por um Geocaching Melhor!
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