Geocaching@pt

A pergunta não é minha! (quer dizer, é, mas apenas por empréstimo) A questão foi levantada pelo autor do http://headhardhat-geocache.blogspot.com/ no Google+ e tem por base o episódio de que já falei no tópico de sobrevivência. Dois geocachers que foram cachar para uma zona isolada, de difícil acesso, que não tem cobertura telemóvel e (ao que parece) tem sinal de GPS inconstante e que, por acidente, ficaram sem GPS (estavam a usar um iPhone que caiu à água) e completamente perdidos, acabando por ser resgatados por uma equipa de socorro ( http://www.notaboutthenumbers.com/2012/ ... te-county/ ).

Neste género de locais, faz sentido / deveria ser permitido colocar caches? Eu tenho uma opinião, mas, quem quiser contribuir com a sua...

Não vejo porque não.
Acho é que na listing deviam avisar disso mesmo. Para as pessoas estarem prevenidas que naquela zona raramente passa alguém e que em caso de problemas, nem rede de telemóvel há.

Faz sentido é as pessoas estarem conscientes se estão preparadas e equipadas convenientemente para ultrapassarem determinados desafios.

"Geocaching, hiking, backpacking and other outdoor activities involve risk to both persons and property.
There are many variables including, but not limited to, weather, fitness level, terrain features and outdoor experience, that must be considered prior to seeking or placing a Cache.
Be prepared for your journey and be sure to check the current weather and conditions before heading outdoors.
Always exercise common sense and caution."

Source: http://www.geocaching.com/about/disclaimer.aspx

Nota: Por exemplo, se não sei escalar, nem tenho equipamento adequado, não vou inventar...

Segundo as minhas preferências, é precisamente aí que faz sentido colocar as caches, havendo naturalmente motivos de interesse. Caberá ao owner disponibilizar a informação necessária e avisar sobre os eventuais perigos e ao descobridor ter consciência das dificuldades e precaver-se para as eventualidades.

A notícia acaba por apenas sê-lo por estar relacionada com o geocaching e a curiosidade que o passatempo desperta. Neste preciso momento devem haver dezenas de pessoas perdidas no meio de "nenhures" no mundo que nunca deverão chegar a ser notícia. Ainda assim servirá a discussão para advertir os mais incautos sobre os perigos de se partir Into the Wild

O problema passa também por aqueles geocachers incautos que vão visitar caches sem sequer olhar para a classificação do terreno da mesma ou ignorando esta classificação.

Já nem falo daqueles que não leêm as listings, nem consultam os atributos das caches mais "desafiantes"...

Os Owners bem podem alertar para os riscos associados aos perigos mas, ninguém lê ou faz caso até descobrirem pelos próprios meios.

Faz sentido colocar caches nesses locais, avisando acerca da dificuldade.
A partir daí, das duas uma: ou se tem capacidade técnica e equipamento, ou se espera até que o BTC agende...

luis_pt Escreveu:Faz sentido colocar caches nesses locais, avisando acerca da dificuldade.
A partir daí, das duas uma: ou se tem capacidade técnica e equipamento, ou se espera até que o BTC agende...

Ler o teu post pôs-me um sorriso nos lábios. Muito obrigado

eu acho que faz sentido colocar essas caches... os avisos estão lá... eu não as fazia até ter o BTC porque eu e a MelPM, sozinhos, nunca o conseguiríamos fazer em segurança.

O BTC é uma iniciativa interessante. Eu pessoalmente não passei ainda de terreno 3 e essas são boas oportunidades de fazer algumas com terreno um pouco mais difícil e com geocachers com experiência.

O BTC foi a melhor iniciativa que vi no Geocaching em Portugal! Vi outras, igualmente bem intencionadas - como a Adopt a newbie - mas não alcançou a implantação que, pelo menos eu, esperava. São iniciativas diferentes, sim, mas estou a falar em termos genéricos.

Respondendo a este tópico, se não fossem as caches em locais completamente desolados - ou dever-se-ia dizer 'isolados'? - provavelmente o geocaching não singraria como o fez. Na minha opinião, foi a 'promessa' de aventura, de chegar onde normalmente não se vai, de viver experiências e situações de contacto com a Natureza, com o afastamento do frenesim da vida citadina, etc... que despertou o interesse todo.
Se o Geocaching tivesse evoluído inicialmente para uma configuração mais citadina e/ou virada para os grandes números ou séries de caches provavelmente, os verdadeiros impulsionadores do Geocaching em Portugal (aqueles que com um impulso inicial forte e constante ao longo de determinado espaço temporal que se arrastou por mais de um ano - estou a lembrar-me de Pedro Regalla, The GreenShades, pcardoso, ricardobsilva) não se teriam interessado pelo Geocaching como o fizeram e, com a sua actividade, não teriam dado azo ao aparecimento de uma segunda fornada que deu um novo impulso com a sua actividade e entusiasmo iniciais (eu, Lobo Astuto, clcortez, btrodrigues, Portelada, Rechena, PH, DanielOliveira, Glorfindel & Electra, etc).

Sim, faz todo o sentido o Geocaching em locais completamente isolados! As pessoas/geocachers que lá vão procurar as caches é que devem preparar-se e documentar-se para uma saída para o meio da Natureza, que não é exactamente o mesmo que ir ali ao jardim do lado tirar umas fotos e somar mais um smile.

MAntunes Escreveu:O BTC foi a melhor iniciativa que vi no Geocaching em Portugal! Vi outras, igualmente bem intencionadas - como a Adopt a newbie - mas não alcançou a implantação que, pelo menos eu, esperava. São iniciativas diferentes, sim, mas estou a falar em termos genéricos.

Respondendo a este tópico, se não fossem as caches em locais completamente desolados - ou dever-se-ia dizer 'isolados'? - provavelmente o geocaching não singraria como o fez. Na minha opinião, foi a 'promessa' de aventura, de chegar onde normalmente não se vai, de viver experiências e situações de contacto com a Natureza, com o afastamento do frenesim da vida citadina, etc... que despertou o interesse todo.
Se o Geocaching tivesse evoluído inicialmente para uma configuração mais citadina e/ou virada para os grandes números ou séries de caches provavelmente, os verdadeiros impulsionadores do Geocaching em Portugal (aqueles que com um impulso inicial forte e constante ao longo de determinado espaço temporal que se arrastou por mais de um ano - estou a lembrar-me de Pedro Regalla, The GreenShades, pcardoso, ricardobsilva) não se teriam interessado pelo Geocaching como o fizeram e, com a sua actividade, não teriam dado azo ao aparecimento de uma segunda fornada que deu um novo impulso com a sua actividade e entusiasmo iniciais (eu, Lobo Astuto, clcortez, btrodrigues, Portelada, Rechena, PH, DanielOliveira, Glorfindel & Electra, etc).

Sim, faz todo o sentido o Geocaching em locais completamente isolados! As pessoas/geocachers que lá vão procurar as caches é que devem preparar-se e documentar-se para uma saída para o meio da Natureza, que não é exactamente o mesmo que ir ali ao jardim do lado tirar umas fotos e somar mais um smile.

Concordo e subscrevo.

carolangelpaul Escreveu:

MAntunes Escreveu:O BTC foi a melhor iniciativa que vi no Geocaching em Portugal! Vi outras, igualmente bem intencionadas - como a Adopt a newbie - mas não alcançou a implantação que, pelo menos eu, esperava. São iniciativas diferentes, sim, mas estou a falar em termos genéricos.

Respondendo a este tópico, se não fossem as caches em locais completamente desolados - ou dever-se-ia dizer 'isolados'? - provavelmente o geocaching não singraria como o fez. Na minha opinião, foi a 'promessa' de aventura, de chegar onde normalmente não se vai, de viver experiências e situações de contacto com a Natureza, com o afastamento do frenesim da vida citadina, etc... que despertou o interesse todo.
Se o Geocaching tivesse evoluído inicialmente para uma configuração mais citadina e/ou virada para os grandes números ou séries de caches provavelmente, os verdadeiros impulsionadores do Geocaching em Portugal (aqueles que com um impulso inicial forte e constante ao longo de determinado espaço temporal que se arrastou por mais de um ano - estou a lembrar-me de Pedro Regalla, The GreenShades, pcardoso, ricardobsilva) não se teriam interessado pelo Geocaching como o fizeram e, com a sua actividade, não teriam dado azo ao aparecimento de uma segunda fornada que deu um novo impulso com a sua actividade e entusiasmo iniciais (eu, Lobo Astuto, clcortez, btrodrigues, Portelada, Rechena, PH, DanielOliveira, Glorfindel & Electra, etc).

Sim, faz todo o sentido o Geocaching em locais completamente isolados! As pessoas/geocachers que lá vão procurar as caches é que devem preparar-se e documentar-se para uma saída para o meio da Natureza, que não é exactamente o mesmo que ir ali ao jardim do lado tirar umas fotos e somar mais um smile.

Concordo e subscrevo.

Também perfeitamente de acordo. Até vou usar um smile que não tenho no outro lado

MAntunes Escreveu:O BTC foi a melhor iniciativa que vi no Geocaching em Portugal! Vi outras, igualmente bem intencionadas - como a Adopt a newbie - mas não alcançou a implantação que, pelo menos eu, esperava. São iniciativas diferentes, sim, mas estou a falar em termos genéricos.
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Olha eu todo babado. Perdoem-me o off topic mas não podia deixar de agradecer!

E vão haver umas novidades quando acabar a roda viva do gcfest.

Acabado o espaço publicitário só posso subscrever na integra as palavras do Mantunes.

Acrescento que a partir desta discussão é muito fácil descai para a inevitável conversa do natureza vs cidade e eu vou aqui dar o primeiro passo. Havendo espaço (leia-se espaço em esfera pública e não espaço físico) para todos os tipos de Geocaching actuais e ainda mais uns que estão para vir, devo dizer que os espaços da natureza são aqueles que mais facilmente se tornam míticos. Aqueles que não vemos sempre... Aqueles que fogem à nossa visão do quotidiano. Por isso é que na the grey havendo basta um tupperware e no meio da cidade valorizamos os supercontentores.

E, agora, a minha opinião: e que é... concordo com o que aqui foi dito!

São estes espaços que dão origem a caches míticas! Aquelas a que queremos ir e nos fazem sonhar! Claro que ir a essas caches pode ser um pouco mais perigoso - mas é por isso que nos devemos preparar melhor de antemão.

E, citando, alguém cujo nome não me recordo, "viver sem o mínimo perigo acaba por nos tornar em nada mais do que uma ameixa seca" (a citação é capaz de não ser exactamente assim, mas acho que dá para perceber o sentido).

Também penso que faz sentido colocar caches nesses locais. Caberá depois a quem escondeu, informar da melhor forma possível sobre o tipo de terreno, dificuldades, obstáculos, perigos eventuais, assim como caberá a quem pensa lá ir, analisar essa informação e decidir arriscar ou não.
Da mesma forma que antes de uma grande viagem de carro verificamos (devemos verificar) o estado dos pneus, dos travões, se temos combustível suficiente, etc, também antes de um "passeio" num lugar isolado deveríamos tomar uma série de precauções antes de partir, sendo a primeira delas a tomada de consciência sobre se está ao nosso alcance ou não.
Penso que há regras básicas que, para nossa segurança, temos que respeitar sempre, estejamos no (antes de partir para o) meio do mato ou no meio da cidade. Isto talvez seja um pouco rebuscado, mas acho que é tão importante saber ler o trânsito e os semáforos antes de atravessar uma estrada para ir procurar uma cache ao outro lado, como informar-se da duração de uma caminhada mais longa, do trajecto esperado, avisar alguém para onde se vai e as horas a que se deverá estar de regresso, etc.
Agora que penso nisso, quantas histórias haverá de geocachers atropelados a caminho ou durante a busca de uma cache?

Viva,

Faz todo o sentido, sim!!!
Re-escrevendo algo que já usei antes ...

De facto acho que algumas pessoas não pensam bem nos assuntos antes de se meterem neles.
Seja que aventura for, deve ser planeada antes de a fazerem, isto para mim é uma verdade Universal, não o fazendo pode-se correr alguns riscos.

Há dias andava a pé numa caminhada (geo) com amigos e familia perto da "marmita do gigante" (Arrábida), um local que não tem nada de especial em termos de risco, quando surgiram dois betetistas, um casalinho.

Pararam ... pediram se podiamos dispensar água, perguntando depois aonde ia dar aquele trilho ... ela coitada dizer que estava de lingua de fora era pouco ... quase desidratada, era cerca das 13:00, pico do sol ... conclusão, andavam no vale junto há marmita há mais de duas horas, perdidos sem saber para onde era a saida para a estrada principal, mostrando-lhe na brincadeira o meu GPS se tivessem um destes não se perdiam.

Ele tinha um ... no telemóvel ... mas como tinha o telemovel em busca de rede automatica e sem rede na serra ... descarregou a bateria todinha rapidamente sem darem por isso, ficando sem telele nem GPS.

Tudo corre bem geralmente, mas pensar um pouco e organização não faz mal a ninguém, pelo contrário.

A consciência de cada um é que deve estar à altura de analisar sem têm condições para determinada cache ou não ... por isso quis companhia na minha primeira subida ao Formosinho, primeiro haja experiência!