Geocaching@pt

Parece que o geocaching já vem descrito e sugerido como actividade nos manuais escolares.

"O Geocaching vai ser fortemente divulgado entre os alunos do 8º Ano, no próximo manual de português da Porto Editora, de nome "(Para)Textos".



A "Ilha do Tesouro" é um dos livros trabalhados pelo manual. Como sugestão de atividade pós leitura, é apresentado o Geocaching, como sendo a caça ao tesouro dos novos tempos.
São apresentadas duas reportagens, uma de um jornal e outra uma reportagem televisiva, sobre o geocaching e depois trabalhadas no âmbito da interpretação.

Acho que será um grande motor na divulgação do Geocaching em Portugal e da comunidade, pois milhares de alunos e professores (e também os pais), irão trabalhar com esse manual, incentivando-os a juntarem-se à comunidade.

Espero que o maior número de escolas adotem este manual, de forma a fazermos um boom no geocaching nacional.

Anexo a capa do manual e as páginas 104 e 105 do manual. A qualidade não é a melhor, mas dá para ver.




"

Boas.
Veremos se esse tal boom será positivo.
Aqui na região, tem havido bastante vandalismo de caches, quer por não respeitarem as indicações da listing, quer por os visitantes não salvaguardarem a descrição quando visitam uma cache, alertando assim os muggles.
Concordo que este hobby se estenda a mais pessoas, mas acredito que a "entrada" por alguém que pratica seria a melhor forma de esclarecer algumas questões.
Veremos o que o futuro nos reserva.

Rifkinda, as imagens não aparecem.


Quanto ao tópico: Medo, tenham muito medo!
Milhares de adolescentes de smartphone na mão a vasculhar os GZ's sem cuidado nenhum não é uma boa notícia.

Ups... aqui aparecem. Tenho de tentar perceber o que se passa.
De qualquer modo, é só a capa do livro e duas páginas onde falam sobre o geocaching.

Sim, também me preocupa um bocado teenagers a praticarem geocaching, sem ter supervisão ou saberem o suficiente para o praticar convenientemente.
Por outro lado, com essa idade, tanto vão achar giro, como depressa se vão fartar e passar para outra actividade qualquer.

O geocaching já é definitivamente uma actividade mainstream - isso é bom, ou mau? Não sei. Muito sinceramente, não sei. Sou capaz de encontrar argumentos para um lado e para o outro. Mas, a grande pergunta, para mim é "e é evitável que se torne mainstream?" E, aí, a resposta, só pode ser uma - "não, não é evitável" Daí a importância de ter um fórum dinâmico, responsável e atento que, sem embarcar em paternalismos ou manifestações discriminatórias, procure orientar os newbies - que, basicamente, é um dos pilares deste fórum.

Nota: Rita, faltou colocar a fonte. Esta mensagem foi difundida pelo "velhinho e sempre fiável" yahoogroup dedicado ao geocaching em Portugal. ;)

Não obtive a informação do "yahoogroup dedicado ao geocaching em Portugal", mas é bem possível que quem me passou a informação, tenha sabido disto precisamente aí.
Como não tinha a certeza da fonte original, preferi omitir.

Para acrescentrar ao que já tinha dito, também acho pouco provável que alunos do 8º ano tenham o seu próprio GPS para praticar a actividade. Claro que podem andar com o dos pais, mas acho que ainda não é moda, teenagers para além de terem telemóvel, terem também GPS. Pelo menos, não aqueles com quem convivo mais de perto.
Claro que sei que dá para encontrar muitas caches sem GPS... mas acredito que sejam uma minoria de pessoas a fazê-lo, até porque é bastante limitativo no tipo de caches que consegues encontrar.

Também vi a publicação no grupo do Yahoo do Geocaching nacional e a minha primeira reacção foi de arrepio. Se calhar porque sou um dos Velhos do Restelo que não vê com bons olhos o facto de o geocaching se ter tornado (ou estar a tornar-se) uma actividade do "mainstream".

E volto a repetir o que já disse a muitos: a minha reacção nem é pelas qualidade das caches, é pela qualidade dos geocachers. Isso sim é que me preocupa. Porque se os geocachers tiverem determinado comportamente e atitudes, então estou certo que o geocaching terá a qualidade que muitos defendem. Se assim não for, então sim, temos uma actividade de massas. E para massas, já me bastam outras actividades.

clcortez Escreveu: E para massas, já me bastam outras actividades.

é a frase que demonstra exactamente o que penso...
E não, para mim isto não é uma boa noticia, aliás, acho uma péssima noticia...
Não acredito que a massificação possa trazer qualidade ou melhorar o geocaching.

Parece-me que a actividade conforme a conhecemos se vai alterar com o passar dos tempos, e tenho dúvidas se será para melhor.
Sou céptico, mas pessoalmente continuo a não acreditar que a divulgação seja uma boa estratégia.

Não é uma estratégia. Pelo menos "nossa", dos geocachers (para a Groundspeak, até faz sentido, se bem que eu pense que há coisas que eles também gostariam de controlar melhor - basta ver a quantidade de "bomb scares" das últimas semanas).

Agora, vamos ser sinceros. O geocaching involve tecnologia, a promessa de natureza e de uma boa aventura, pode ser uma salutar actividade familiar, é um mistério - tem tudo para ser uma receita de sucesso. "Coisas" deste género, no Mundo actual, não se aguentam muito tempo confinadas a um grupo restrito. A massificação é, a meu ver, uma inevitabilidade. Assim como a perda de qualidade média de caches (e, talvez, vá, do cuidado dos geocachers com as caches). Agora:

- o máximo que se pode fazer é, na minha opinião, tentar enquadrar os "rookies" o melhor possível, encaminhando-os para fóruns, meetings, geocachers mais experientes que os possam ajudar a minimizar o período de adaptação e, vá lá, os estragos;

- as médias escondem muita coisa. Por isso, na realidade, se formos olhar para as geostats, e procurarmos por caches de nível de dificuldade mais elevado (e partirmos do pressuposto de que correspondem a caches mais interessantes - não completamente verdadeiro, mas, vá, vamos simplificar), vemos que o seu número total tem aumentado. O que, significa que, se soubermos escolher as caches (e não faltam ferramentas, começando pelos "favoritos"), vamos poder continuar a usufruir de boas experiências.

Mas, isto, são só os meus dois cêntimos.

lynxpardinus Escreveu:...
- o máximo que se pode fazer é, na minha opinião, tentar enquadrar os "rookies" o melhor possível, encaminhando-os para fóruns, meetings, geocachers mais experientes que os possam ajudar a minimizar o período de adaptação e, vá lá, os estragos;
...

Boas.
Isto até seria possível, se estes rookies não entrassem no geocaching com o espírito do "eu é que sei e não preciso de ninguém".
Cruzei-me já com alguns grupos, que pelas movimentações, deviam andar à procura de uma cache. Não se privaram de arrancar plantas, desengatar mangueiras, espalhar pedras que circundavam as árvores ali...
Passei por perto de GPS na mão para ver se haviam comentários e nada. Meter-me com eles? Não. Na zona que foi e um para 6 não me pareceu boa proporcionalidade.
Provavelmente naquela cache não a devem ter encontrado, já que andavam à procura no local das coordenadas antigas(a cache tinha mudado de local)
Quando se correm os fóruns é fácil encontrar quem "peça" ajuda para começar, mas ao serem encaminhados para meeting ou eventos, poucos aparecem. Há ainda aqueles que pedem ajuda por mensagem, e após se responder a essa mensagem repara-se que nem sequer leram a resposta.(tenho algumas mensagens na caixa de saída. Pelo que percebi, continuam lá por ainda não terem sido abertas).
Eu sou relativamente recente no geocaching, mas acho que a melhor porta de entrada é pela mão de quem pratique. Dessa forma tem-se acompanhamento local e partilha de experiências na abordagem às caches.
Outro senão nesta massificação, são os trackables e geocoins. Esses objetos serão tentadores para quem os encontre ao fazer uma cache para experimentar.
Eu não sou velho nem sou do Restelo mas espero estar enganado ao achar que o geocaching vai sofrer grandes atentados, pelo menos nas caches urbanas.

OFF TOPIC: As minhas primeiras caches foram feiras durante a madrugada ou em locais ermos. Só depois de encontrar outros geocachers me aventurei na cidade. Julgo que a minha primeira cache urbana, de dificuldade 1, foi a Ócio do ofício em Leiria, e só lá fui com companhia. Achava estranho andar ali a mexer com gente a ver.
No meu caso isto é só um cêntimo, culpa da crise.

seria interessante vermos que escolas adoptam esses manuais e podermos lançar 'eventos' junto dessas escolas a fim de educar o pessoal!