Olá,
Penso que no mínimo as exercita, lhes dá a conhecer novos lugares, pessoas e formas de olhar o mundo. Permite-lhes ter contacto com a natureza, criar o hábito de investigar e inclusivamente de partilha, acredito que devem adorar encontrar TBs e
GCs e passa-los em diante! Estes conhecimentos, estas experiências interiorizadas que hoje adquirem certamente farão parte do seu intelecto para sempre, tornando-os mais atentos e saudáveis desde que a experiência se mantenha prazerosa, não obstante há necessidade de aprender a lidar com a frustração. Acho também que qualquer estímulo (música, desporto, leitura entre tantos outros), que se possa proporcionar às crianças para além do ensinar a mexer num teclado, num rato e numa consola é sempre bom!
Não sou escuta, nem nunca fui, mas pelo pouco que sei os escuteiros acabam por desenvolver actividades que tocam em alguns pontos do geocaching. Poderá ser uma forma de os entreter e de os levar a alargar os horizontes, para além de um screensaver...
De um ponto de vista psicológico, podemos observar a ludoterapia, que utiliza o brincar, como estratégia para em contexto clínico levar a criança a ser autêntica potenciando ajuda na resolução dos seus problemas. Logo se transpusermos para a vida quotidiana e colocarmos a criança perante o geocaching que é um jogo acima de tudo, poderemos observar os seus comportamentos e ajudá-la a enquadrar-se melhor no mundo em que vivemos, afinal ela certamente irá experiênciar sentimentos positivos assim como negativos, como a frustração por um DNF ou já não estar lá um TB que ela procure, desde que os pais saibam lidar correctamente com estes sentimentos manifestados pela criança, e os encaminhem correctamente, certamente estaremos a tornar as nossas crianças melhores!
E funciona inclusivamente para os adultos, hoje está muito em vouga o coaching e inclusivamente o teambuilding, que ajuda os adultos a ajustarem-se mais em contexto organizacional, utilizando precisamente a aprendizagem experiencial (aprender fazendo, passando pelas situações), e realizando pequenas dinâmicas de grupo. Todos nós que já procurámos emprego certamente já teremos ouvido falar desta última.
E o meu post já vai kilométrico, pelo que acrescento que uma das coisas que tive enquanto gente de palmo e meio, foi a sorte de passar muitos fins-de-semana em Sintra, enquanto os acessos aos jardins dos monumentos ainda eram gratuitos, a subir, a saltar, a correr, a cair... e mal não me fez! Hoje em dia é das coisas que mais sinto falta!! De caminhar! Um dos motivos pelos quais entrei nesta fantástica aventura que é o Geocahing! Para me ajudar a tornar-me mais saudável, no que toca a hábitos de sedentarismo.
Desculpem mas é um ponto que me fascina, o jogar enquanto criança que repercussões tem na vida adulta!