Geocaching@pt

Estava a seguir uma thread bastante interessante nos foruns do geo.com e lembrei-me de colocar esta questão aqui.

Que tipo de fauna local já encontraram ao fazer geocaching? Já avistaram animais menos comuns do que aqueles que é costume avistar, por exemplo, ao conduzir em estradas mais interiores?

Contem coisas...

Bem, para além de um ou outro coelho (que costuma ser uma excelente fonte de alimentação para qualquer felino ibérico que se preze), um esquilo em Monsanto (também, andava atrás deles, na cache do MAntunes), encontrei uma vez um animal que nunca tinha visto no habitat natural.

Foi já há alguns meses, quando, depois de uma prova de orientação no Alentejo e de umas quantas caches na zona de Montemor, resolvi fazer o "Water Thief", no Ribatejo. Como o meu GPS não tem mapa e eu não contava ´perseguir´ aquela cache, ainda andei um bocadinho às voltas de Salvaterra de Magos. Numa dessas estradas secundárias, rodeada por arbustos espessos, e em que se ´sentia´ que se estava nas proximidades de um ribeiro, de repente, cruzou-se à frente do meu carro uma lontra!!!

O próximo objectivo é encontrar um unicórnio!

Ricardo R Silva / Lynx Pardinus

Os animais mais raros que vi até agora eram um grupo de Rambos, vestidos a rigor, a darem tiros uns aos outros quando fiz a "Caminhos esquecidos". Além disso, só tenho visto umas vacas loucas...<img src="http://geocaching-pt.net/wpimg/wink.gif">

Um javali na "My Saviour".

Aqui está a história.

Infelizmente, aquela cache nunca mais teve visitas depois de mim, apesar de eu pensar que é a melhor cache, de entre as que visitei, do Afonso Loureiro.

Receio que o meu log tenha assustado os geocachers que andam pelo Algarve...

Mais antigamente, na Primavera de 2003, em três caçadas seguidas, encontrei cobras (já estava a pensar em mudar de nome) e, depois, na cache do "PH", perto de Negrais, encontrei um "especimen" raro, na altura... um geocacher!  

Que me recordo nunca encontrei bicharada fora do normal nas minhas cachehunts. Só mesmo Geoachers e mesmo uma sub-espécie destes: um Owner avistado na intimidade da sua maintenance.

Em passeios não-geocaching já tenho visto bicharada, até porque actualmente vivo na serra do Caldeirão e não é preciso muito para ver: camaleões, porcos-espinhos, raposas, cobras (uma vez, num bocadinho, vi 3, grandes). Já vi uma raposa seguida por umas quantas crias. Esquilos, em Praga (ai sim, em geocaching, mas tb, lá aquilo é comum).

Desculpem lá qualquer coisinha....
As caches malucas do Dimantino também contam como animais raros?

Não!
Nem o maluco do Diamantino...

Depois de manhã me assustar com um cão cheio de vontade na Landmania, de à tarde ter afugentado para Espanha um cabrita n´A Fronteira de Baixo, já de noite ia atropelando uma raposa no regresso pela estrada da Stairway to Heaven.

Ficou desorientada com as luzes e não fugiu para a berma de imediato, felizmente em desviei-me para o lado contrário para onde ela foi quando se lembrou.

Lontras, sim, lontras! 2 ou 3!!!
Entre muitos outros bichos mais vulgares, claro!
Não foi bem durante a prática de geocaching mas sim durante a preparação de uma cache, que ainda não foi colocada, apesar de duas tentativas frustradas, na Reserva Natural do Estário do Tejo...
Os bichos andam lá, é certinho!
Mas pela cache, vão ter de esperar mais um pouco...

Coloquei a pergunta e não tinha dado a minha resposta

Tb encontrei lontras para essas bandas quando fui colocar a "Ermida de São José". Fico a aguardar pela cache para ver se avisto mais umas quantas

Recentemente encontrei um bando de 7 perdizes na "The Giants of Don Quijote". Há muito tempo que não avistava nenhum bando de perdizes e devo dizer que foi espetacular

Depois encontram-se sempre os mais "vulgares" coelhos, águias e corvos e outras espécies mais comuns.

Javalis ainda não encontrei enquanto faço geocaching, mas uma vez avistei um num local que tb dava uma bela cache

Bem, perdizes aqui onde vivo é por todo o lado. Abro a janela e andam para ali no meu terreno... a conduzir, passam-me à frente na estrada. Não sabia que estes bichos eram a modos que raros.

Aliás, uma das cobras de que falei há bocado, encontrei-a assim: ia de Moto4, cheguei ao alto do morro defronte de minha casa e vi uma perdiz mãe com uma série de perdizinhas atrás. Parei, fiquei a olhar, quando sinto um movimento pelo canto do olho: mesmo ali ao meu lado, a 2 ou 3 metros, estava uma cobrazorra, sem exageros, com cerca de tres metros e da largura de um punho no ponto mais largo. O réptil estava-se a arrastar para o meio de umas sebes e então é que percebi... o barulho da mota estragou o jantar à cobra, que devia estar a aproximar-se sorrateiramente das perdizes pequenas.

"Mais vale uma perdiz no papo
Que 2 cobras a voar"
- Ditado felino

Lynx Pardinus

Além das formigas guardiãs da cache Amália, de um sapo escondido na muralha do castelo de Alcobaça (Cister View), a experiência mais bizarra passou-se há poucas semanas.
Durante a tentativa em reactivar a cache do Tremelgo, que ainda fica a uns km de minha casa, tive a excelente ideia de lá ir durante um serão. È uma zona desabitada, pelo que calculei que podia por lá andar descansado sem correr o risco de que o meu comportamento fosse considerado suspeito e tivesse de ir fazer uma apresentação do geocaching à Policia...
E por lá andei descansado, mergulhado numa escuridão total sublinhada pelo espesso arvoredo, que não deixa passar sequer o luar, quanto mais a claridade das estrelas. A única luz num raio de alguns quilómetros era a emitida pelo meu frontal.
Fui batendo cada uma das zonas onde achava ser possível esconder uma cache, assim como o seu local anterior (agora destruído), até que me lembrei de um local interessante e que ia render duas ou três estrelas à dificuldade da caçada.
Há uma estrada a delimitar este parque, que em certa altura passa sobre um túnel, sob o qual passa um ribeiro que atravessa todo o Tremelgo.
E se existisse algum detalhe na parede do túnel onde a pudesse esconder? Quem lá fosse tinha de molhar os pés!!! Boa! Boa!....
É pá mas para isso também tenho de molhar os meus...
E assim foi. Rapidamente as botas estavam sozinhas a fazer companhia a um eucalipto e tinha as calças arregaçadas acima do joelho. Imaginem a figura naquele enquadramento... [se disserem que era a minha pessoa, eu nego!!!]
A baixa temperatura da água foi ultrapassada facilmente pois nessa altura passou um malvado de um carro que me levou a preferir entrar na água quase a correr que a ser visto naquele local naquele estado...
Estava eu exactamente no centro do túnel, sob o alcatrão, a uns três ou quatro metros de cada lado, com água acima dos joelhos a tocar-me frequentemente nas calças, olhei para baixo e ... vejo a passar uma cobra a passar-me serenamente entre as pernas.
[quem começar a ler este texto nesta frase pensa que se trata de um excerto de uma conversa entre duas adolescentes atrevidas... ]
Escusado será dizer que a minha forte repulsa por este gado teve de ser posta em segundo plano e tive de esperar durante uns eternos instantes que ela seguisse o seu caminho. Ainda pensei em afasta-la com um cajado improvisado que tinha na mão, mas achei melhor não a incomodar. Apesar de ser pequena ... era uma cobra.
Quando consegui regressar para junto das botas que me esperavam pacientemente, ‘meti a viola no saco’ e a cache continua suspensa.
Aguardo o pino do Inverno, época de hibernação para recolocar a cache.

Em resumo:
Um moço, meio despido, em local ermo, noite cerrada, uma cobra entre as pernas.
Mais nada?

Tens a certeza que a cena não se passou mais para estes lados?


Esuqecim-me de referir que em Praga a minha cara metade meteu a mão na cache e saiu de lá um ratinho de campo.