por HDV » segunda mai 21, 2007 16:23
Bem. Tem dias e tem “fases”. Eu, por exemplo, de ha algum tempo a esta parte, nas raras oportunidades que tenho tido de fazer geocaching, tenho-me quedado um bocado pelas formas minimalistas de log simplesmente porque:
1) Depois de algumas centenas de logs, falta-me frequentemente a pachorra seja tanto para repetir/recair (i.e., escrever mais de uma vez) as mesmas formulas/coisas como para procurar outras (preguica? Tambem, mas sobretudo pelo ponto 3);
2) porque repudio e entendo indirectamente reagir contra a potencialidade da instalacao de certo clima de um controlo social demasiado estreito, tipo “aldeola”, onde a exploracao, levada a extensao maxima – no limite da contraproducencia e da desvirtuacao - da facilidade tecnica de seguir/ler (ou de potencialmente adoptar a perspectiva de “controlar”) os ultimos logs vem substituir a forca do tedio e da proximidade fisica – em que todos se conheciam e habitavam num raio de poucas centenas de metros, tornando impossivel fazer algo sem que o vizinho o soubesse -, culminando em certa ansia “voyeurista” e “comentarista” para nao dizer, mantendo a analogia da aldeia, “quadrilheira” (isto e, a semelhanca das comadres que se entretem a esquina a dar ao badalo e azo a tricas);
3) o que eu gramo mesmo e me da alegria é “fazer” as caches mais do que “gabar-me disso”.
4) pelo “problema” colocado quando se adopta um ritmo que leva a deixar acumular algumas dezenas de logs, o que torna dificil faze-los todos bem e, nao querendo ser injusto com ninguem, a preferir o comodismo de, salvaguardando ao menos o mais importante – a equidade - ser-se “curto com toda a gente”.
Concordo, no entanto, que se deve fazer um esforco de “bem logar” – o que nao tem necessariamente de assumir forma “prolixa” e deve igualmente atender, por ex., a elementos de cordialidade e delicadeza; sobretudo, prospectivamente, lidando com newcomers, desenquadrados -,e tanto mais quanto:
- se ache que nao esta a ser feita justica a cache e portanto o log assume uma funcao correctiva de chamar a atencao para os seus meritos;
- se entenda por alguma razao que aquele autor em particular precisa/aprecia/faz questao nisso.
Pelo que toca os logs feitos nas minhas caches coloco, desde ja, no entanto, os potenciais visitantes a vontade para usar da brevidade que entendam. Das ist mir egal; o “comprimento”, como criterio, e-me rigorosamente indiferente – alias, prefiro mesmo que se limitem a um “encontrada” do que escrevam num tom “a forcar a nota”.