Geocaching@pt

Já se conhecem muitos casos de pessoal que se perde ao olhar exclusivamente para as instruções do GPS... Mais uns exemplos:

• Um turista americano andou 400kms antes de parar para pedir instruções, quando tentava ir para capital (que até tem placas )...
• Uma belga (não a bolacha...) queria ir para a capital a 140kms, e acabou na Croácia, a 1300kms (2 dois dias depois...)
• Morte por GPS... Nos EUA, há malta que morre porque segue o GPS para o meio do deserto...

Portanto, volta e meia façam zoom out e vejam o mapa geral. Ou peguem num mapa em papel. Olhem para o cenário global e para o sítio onde estão. Especialmente, se não conhecerem já o sítio. Ajuda muito ter uma noção de que a cidade que se procura, não pode estar a dois dias de distância, como o GPS indica. Ajuda bastante perceber se a rota do GPS não está na verdade a passar pelo meio das montanhas, do deserto, ou de um bairro mais complicado.

Orientem-se!

Ou querem fugir do transito ou das ex-scuts
Quando fui ao Couto Misto como não tinha mapa de Espanha no GPS, tive de voltar ao velhinho papel, e principalmente em zonas quase abandonadas o que me valeu foi uma foto-montagem do googlemaps (que me levou quase 2 horas a fazer frame a frame com o máximo de resolução...) mas foi giro para dar valor ao navegador no télélé...

E conseguiste lá chegar sem enganos, só com essas "printagens"?

devagarinho mas na boa excepto umas tangentes aos espelhos nos muros de alguns caminhos impróprios para veículos que não sejam de tracção animal e que no googlemaps não dá pra ver assim lá muito bem, ifyouknowhatimean...

Sou um acérrimo defensor dos mapas em papel, especialmente em locais totalmente desconhecidos ou que não é certo que as tecnologias sejam 100% seguras (ou por falta de bateria (o pior flagelo) ou falta de cobertura de rede móvel), pois considero que nos dão uma visão mais abrangente das escalas e da região. Isto em particular quando se viaja a "média velocidade" (já agora, "baixa velocidade" é a pé, "média velocidade" é de carro ou similar e "alta velocidade" é avião, comboio ou outro meio de transporte que não nos permita fazer paragens frequentes ou desvios de rota) pois nestes casos com frequência temos que consultar mapas e tomar decisões baseados em vários factores (distâncias, pontos de interesse, locais para pernoita, etc) e muitas vezes não o conseguimos fazer de forma segura e imediata recorrendo apenas aos mapas "digitais" e recomendações dos GPSr.

Ainda o FDS passado senti muita falta do meu mapa de estradas no carro! Não sei que lhe fiz!

Rede MEO por onde andei, VVR e arredores, é coisa que não abunda e o GPS não tem mapa capaz. Foi o cabo dos trabalhos perceber onde ficava Evoramonte!!! Graças a deus a Acorda de Ovas em Nisa demorou bastante a dar-se por vencida e pude pesquisar à vontade!

Há uma razão muito simples porque os mapas em papel caíram em desuso: foram simplesmente superados por uma panóplia de novas tecnologias (rGPS, smartphones, etc.) que cumprem os mesmos objectos e lhes acrescentam um lote de funcionalidades extra, com as quais um objecto analógico bidimensional como o papel nunca poderia concorrer. Mas há espaço para tudo; eu, por exemplo, ainda costumo comprar cartas do IGEO quando vou a uma zona interessante pouco conhecida, mas deixei de usar mapas de estradas há mais de uma década.

Em relação às histórias estapafúrdias de pessoas que se perdem por confiar cegamente no GPS, o problema não é da tecnologia, é das pessoas.
E não será com certeza uma novidade. Quando apareceram os primeiros mapas em papel, certamente que houve muita gente a perder-se e ir parar a sítios improváveis — e até aposto que essas histórias seriam muito mais divertidas e venturosas, como por exemplo chegar à América convencido que se estaria na Índia! E ainda se habilitavam a apanhar um Adamastor ou uma serpente marinha pelo caminho!

Concordo em absoluto que o problema são as pessoas, não a tecnologia. As pessoas é que não sabem usar a tecnologia, tal como não sabiam ler mapas quando os existiam só em papel. Nem todos têm a apetência que a maioria dos geocachers tem para os mapas, quer porque os usa todos os dias (para encontrar caches..) quer porque são geocachers porque gostam de mapas (relembro que no início muitos geocachers eram geógrafos ou malta já habituada a usar mapas).

Ainda assim gosto de ter um backup em papel, sempre que acho importante tê-lo. E tem outro "romantismo" que um ecrâ não tem..

Quantos às cartas militares, curiosamente foram os primeiros mapas digitais que usei, quando começaram a circular por aí uns CDs com as cartas todas do país..

clcortez Escreveu: Quantos às cartas militares, curiosamente foram os primeiros mapas digitais que usei, quando começaram a circular por aí uns CDs com as cartas todas do país..

Ainda para lá tenho qualquer coisa :P
Qual era o software mesmo? sei que era preciso calibrar e só corria no winCE, mas até que era capaz de ter piada tentar por isso a uso... ou não!

Ozi Explorer!

O Manel é que era o expert nisso!

clcortez Escreveu:Ozi Explorer!

O Manel é que era o expert nisso!

Precisamente!!! Que memórias que isso me traz, depois aparecerem também os primeiros tometomes mafiosos para o CE e como a transmissão do meu GPS320 era por serie, tinha um adaptador CF - série (uma coisa de tamanho considerável) no HP CE que por sua vez ligava a um cabo - a um adaptador com derivação para 12 V (que alimentava o GPS dos 12V do carro) que por sua vez ligava ao cabo que ia ao isqueiro e a outro cabo que ia ao GPS. já o smartphone não tinha cabo de isqueiro por isso ligava o carregador 220V a um inverter de 150W 12V/220V (do tamanho de um tijolo) que por sua vez tinha outro cabo que também ia ao isqueiro que tinha um daqueles adaptadores de várias saídas de 12V. Claro que por vezes também levava o portátil para ver o OZI em grande que ligava ao carregador a uma extensão 220V e ao... (blá blá blá)
Nada como esta evolução para dar valor ao "milagre" que é a portabilidade actualmente.

clcortez Escreveu:Ozi Explorer!

O Manel é que era o expert nisso!

Expert é o PauloJFMartins que criou, automagicamente, os ficheiros de calibração todos e os disponibilizou à comunidade.
Sem isso, andar a calibrar as cartas individualmente à mão... era complicado e o Ozi não teria tido a importância que teve no geocaching em Portugal.

Em jeito de trivia; será que alguém se lembra da expressão:
"E o datum.dat?! Ó meu granda tótó, e o datum.dat?"

Eu ainda tenho um equipamento windows mobile a funcionar perfeitamente com o OziExplorer. Não tenho é ido para o "meio de mato", em locais onde não haja cobertura de rede de dados...


Escrito num dispositivo móvel através do Tapatalk

MAntunes Escreveu:Em jeito de trivia; será que alguém se lembra da expressão:
"E o datum.dat?! Ó meu granda tótó, e o datum.dat?"

Não sei quem era esse particular totó, mas acho que foram imensos aliás EU tenho a certeza que também passei por essa fase, andávamos sempre às aranhas com as calibrações.


PS: Será que não há nenhum aplicativozito...

Histórias parvas com GPS há muitas: como aquele tipo que se enfaixou contra um monte de pedras, porque seguiu as indicações do GPS, ignorando a tabuleta de "Estrada em Obras"... E no fim, julgo que ainda quis processar o fabricante do GPS. Enfim!..

De facto, o problema está mesmo nas pessoas. Como qualquer ferramenta, é necessário saber utilizá-lo correctamente e perceber que não é infalível.

Já agora partilho convosco a forma como utilizo o GPS para viagens/trajectos:
- para pequenas deslocações, ou para desenrascar, utilizo a aplicação HERE no telemóvel
- para grandes deslocações/viagens, uso o TomTom, que é o meu navegador preferido para o carro
De qualquer das formas, sempre que possível, dou uma espreitadela no google maps, para ter uma ideia da localização do destino e do trajecto que terei de fazer - assim consigo evitar algum eventual erro "estúpido" do GPS.

No entanto, gosto também das cartas militares (em papel), que muito utilizei no planeamento e execução de caminhadas/raids (Escuteiros).

Resta dizer que mantenho um mapa das estradas no porta-luvas, just in case... ;)