Mais uma situação curiosa numa das minhas caches transmontanas,
http://www.geocaching.com/geocache/GCPPXN_the-green-deepesta situa-se num moinho abandonado numa zona que na altura me foi apresentada pela secção de turismo de Castro Laboreiro como “local muito tranquilo e agradável onde os jovens da zona costuma ir a banhos chamado Poço verde”
O local trata-se de mais uma margem florestada de um rio cristalino, próximo da estrada, sem qualquer tipo de delimitação (e imenso mato) onde se podem ver alguns moinhos abandonados e um reconstruído parcialmente.
Coloquei a cache num dos que me pareceram abandonados, no interior deste por baixo do telhado, deixando a indicação na hint do local exacto (como normalmente faço).
Hoje talvez o tivesse feito de outra forma mas à quase 10 anos atrás a realidade era outra.
Acontece que por relato do ultimo geocacher, os moinhos são privados e pertencem à proprietária das habitações de turismo rural próximas, foram os turistas que deram o “alarme” ao estranharem ver pessoas a atravessar o acesso deles de telemóvel em punho, algo absolutamente denecessário pois a cache encontra-se na direcção oposta, mas possível de suceder com erros de GPS.
Ora a tal Sra (Dª Madalena) em contacto com os geocachers ficou aborrecida por saber que tal recipiente já se encontrava ali à uns 10 anos sem conhecimento dela, e retirou-a, com bastante desagrado, informando os mesmos que iria contactar comigo (tenho o numero na stashnote)
E é aqui que (finalmente) chego a onde importa, a boa da Sra bastante incomodada levou a cache para casa, e só aí com algum tempo pode ler a stashnote, a descrição do jogo e os logs no logbook (no "livrinho"), e simplesmente, ficou maravilhada! Ligou-me hoje (durante uns bons 30 minutos de absoluta simpatia) a dizer que, não só que tinha reposto a caixinha, como também a agradecer (!!! nem sabia o que responder a isto) de eu a ter colocado ali, e fez questão de me convidar várias vezes para eu me deslocar lá e até pernoitar no estabelecimento de turismo rural dela, de forma a eu lhe dar orientações exactas do local para que quando ela fizer obras no moinho deixar um “espacinho para a caixinha”.
Ora vejam lá se a stashnote não dá jeito? Se resulta sempre? Não. Mas que importa, importa.
Já o deixar o contacto telefónico é discutível, nas minhas deixei sempre, mas os tempos eram outros.
Um grande bem haja e o meu muito obrigado, para a Dª Madalena, um exemplo fantástico da simpatia das nossas gentes do interior nortenho que me é tão querido.