Necessidade de andarmos armados nunca tivemos. Mas já vimos alguma bicharada ao "invádirmos" o seu território. Além da habitual passarada que nos vai fazendo companhia na esmagadora maioria das nossas investidas campestres ainda avistamos alguns animais mais "temíveis".
Em Rio Maior, ao visitar as GNE's através do percurso pedestre, levantamos uma pedra e lá dormia uma cobra que não gostou muito de ser acordada. Ainda seguindo o percurso, mais à frente e perto da cache GNE do HDV, ouvimos uns grunhidos e ao olhar para o lado a escassos metros de nós estava um javali no meio do mato a "chafurdar" de fucinho enfiado nas ervas. Devia estar entretido com a sua refeição, pois ignorou-nos por completo. E ainda bem! Não estavamos com vontade nenhuma de entrar numa corrida a corta mato contra tão possante mamífero.
Não a fazer geocaching, mas a Kitiara já sabe bem o que é fugir de um javali navalheiro pelo meio do mato e ter de se pendurar num ramo de uma árvore para ele lhe passar por baixo. Deixa um sentimento de alguma 'pequenez'.
Ainda em Rio Maior, mas já fora do percurso encontrámos ainda um rebanho de cabras protegido pelo alfa-male denominado bode que servia de cortina de ferro entre nós e o seu harém. Mas felizmente optou por juntar-se ao rebanho em vez de fazer uma investida. Mais uma vez tivemos alguma sorte.
Em Alcaçer do Sal ao fazer a aproximação a uma cache tivemos de recuar e escolher uma nova aproximação pelo lado oposto ao que estavamos a seguir por causa de uma matilha enorme de cães que nos avistaram ao longe e ficaram imediatamente com as orelhas em pé. Um cão pode ser perigoso, perante uma matilha foge-se
Em Castro Laboreiro, Fronteira-Gerês, embora não sendo perigoso, encontramos um rebanho de umas 40 ovelhas que foram dispersando à medida que iamos passando.
Em Arouca tivemos variados encontros com as famosas vacas arouquesas (belos bifes!) com quem tivemos de partilhar as estradas da serra de freita. E alguns touros, que pastavam perto das estradas, mas que eram certamente mansos aquela distância. Também quando faziamos uma das quatro partes da cache dos monumentos megalíticos, e para chegar ao local da cache, tivemos de deambular entre as vacas e bois que pastavam no local. Mete respeito para quem como nós não está habituado.
Bom, além disso, já vimos algumas águias, corvos, perdizes. Também algumas aranhas gorduchas! Ah.. vimos um lagarto grande no gerês.
E muito mais que nem me lembro, de certeza.
Quando se invade o habitat da bicharada o mais certo é termos uma recepção dos "ocupas". E ainda bem, pois são também esses encontros que deixam histórias para contar.
Não sei se passa o mesmo com voçes, mas acho sinceramente que o animal mais temível de todos é a espécie Muggle do género Desconfiado, e do género Agressivo. Sem dúvida a evitar...
