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Nunca tinha visto um GPS com uma bússula de três eixos. Mas toda a gente (pelo menos aos meus olhos) referia as maravilhas de tal expediente. E foi com entusiasmo que vi chegada a oportunidade de adquirir um novo GPS, com esta possibilidade. Que maravilha, poder ver a direccção a seguir estando imóvel. Revolucionário, huh?

Agora, que recebi o tal Garmin Dakota 20, pelo qual desenbolsei mais 50 Eur basicamente por esta coisa da bússula de três eixos, e mais uns pózinhos (como ter possibilidade de usar um cartão externo, para o qual não estou a ver utilidade nenhuma, considerado a memória interna disponivel e o tamanho real dos mapas que na verdade preciso, estou francamente frustrado.

A maldita bússula é perto do inútil. Cada vez que a experimento, ou aponta para direcções absurdas, ou anda à roda de forma errática até se deter sei lá porquê, ou, melhorzinho, aponta mais ou menos na direcção certa. Ora dado o carácter aparentemente aleatório com que estas situações ocorrem, olhar para tal bússula ou não é exactamente o mesmo, porque nunca sei quando lhe está a dar para apontar para qualquer lado absurdo ou quando é para o "mais ou menos".

Claro que estou farto de calibrar e recalibrar. Estarei a perder alguma coisa? Será que é especificamente o meu GPS que tem um defeito? Será que se gaba demais uma "feature" que depois não corresponde às necessidades, de forma geral?

Bem o que vou dizer é um bocado "far fetched", mas sou daqueles que acredita que uma ideia idiota é melhor que nenhuma ideia.

Eu tive um comportamento idêntico no meu Oregon (apesar de ter bússola de 2 eixos). A setinha andava meia doida apesar de calibrar e recalibrar.
Felizmente um update de firmware resolveu o meu problema. Caso ainda não o tenhas feito, testa isso com o últimos firmwares (quer final, quer beta).

Ainda me acontece a seta ficar "presa" de vez em quando, quando vou com ele no carro e paro para ir a pé. Acho que ele não passa automáticamente de modo GPS para modo electrónico. A única maneira de solucionar isto é ir às opções de sistema e voltar a colocar a opção de usar a bússola electrónica em "Auto".

Boa sorte
Pedro

O Dakota é supostamente o resultado "acabado" de todas as experiências feitas com o Oregon. Nem existem updates disponiveis, nem seria de o esperar, porque o seu lançamento, creio, é mais recente do que os últimos updates para Oregon.

Eu tive um eXplorist 600 que tinha precisamente esta capacidade (entre outras maravilhas de gestão de ficheiros que a Garmin ainda não descobriu, mas isto é outra guerra).

Recordo-me perfeitamente que apenas tinha de calibrar a bússola quando me esquecia de carregar as suas baterias de Iões de lítio (outra coisa que a garmin parece que ainda não consegui descobrir) e o GPSr ficava completamente sem energia.

Era um processo que me ocupava pouco mais de 30 segundos mas que rapidamente eram recompensados. Aquilo funcionava e muito bem.

Não sei se será o mesmo processo, mas deixo aqui os passos indicados pelo manual do eXplorist que eu seguia religiosamente.

Colocava o equipamento com o display voltado para cima numa superfície completamente plana e afastado pelo menos 10 metros de qualquer objecto metálico.
Rodava o equipamento numa volta completa de 360º e aguardava instruções.
Quando solicitado, voltava o equipamento com o display para baixo e fazia a mesma rotação.
Esperava o pí pí pí e voilá. Pronto a funcional em pleno.
Julgo que só fiz isto, três ou quatro vezes e a bússola nunca me deixou mal.

Sinceramente, não gosto do Dakota. Tirando este inconveniente, estás a gostar?
É para mim um GPSr que nunca comprava.

ajsa Escreveu:Eu tive um eXplorist 600 que tinha precisamente esta capacidade (entre outras maravilhas de gestão de ficheiros que a Garmin ainda não descobriu, mas isto é outra guerra).

Recordo-me perfeitamente que apenas tinha de calibrar a bússola quando me esquecia de carregar as suas baterias de Iões de lítio (outra coisa que a garmin parece que ainda não consegui descobrir) e o GPSr ficava completamente sem energia.

Ora ai estão duas coisas boas do meu menino desaparecido. Mas atenção, é preciso considerar que actualmente a Magellan deixou de usar o adorável sistema de gestão por ficheiros; quando andava a pensar o que comprar para substituir o eXplorist 500 e me avisaram que os Triton já não tinham esse conceito, ficaram desde logo riscados da lista. Seria a única coisa a favor deles. De resto, mal ou bem (para mim, MUITO MAL), a tendência parece ser essa. Os dois últimos telemóveis Nokia que tive, sendo que o últino é um recente 5800, trazem o mesmo caos que a Garmin, do tudo ao molho (falo, pelo menos, das músicas e galeria de imagens).

Já na questão da bateria vs pilhas, o o mesmo. Detesto pilhas, mas parece que é o que a maralha exige dos fabricantes. E eles dão.

Malok0 Escreveu:Sinceramente, não gosto do Dakota. Tirando este inconveniente, estás a gostar?
É para mim um GPSr que nunca comprava.

E porquê? Sim, tirando esse inconveniente, nada a dizer... nada a dizer é como quem diz... claro que não existe uma máquina feita à nossa medida, e há sempre pequenas coisas a dizer, que com o tempo aprendemos a nos habituar e deixam de incomodar. A inexistência de gestão de ficheiros, claro, é um enorme incómodo, assim como funcionar com pilhas. A precisão, mais coisa menos coisa, não noto diferenças em relação a tudo o que já tive. Menus, funcionalidade, porreiro. Tenho que escrever uma review a isto no meu blog.

O que eu nunca compraria era um Oregon outro que não o 550.

A existência de pilhas para mim é sem dúvida uma vantagem.
São recarregáveis, substituíveis por baixo preço. E numa situação de desespero é só encontrar uma loja qualquer. Pilhas encontras num supermercado. Baterias de formato proprietário, duvido.
Mas isso nem wherigo player tem. Colocava sem qualquer dúvida de parte.

No caso do eXplorist que falo, não existia qualquer problema com as pilhas.

As suas baterias ofereciam, em continuo, uma autonomia de 12 horas. Sim, ligava-o de manhã e só o desligava para almoçar e entre pontos muito distantes
Ora isto significa que duravam para um dia sem qualquer problema.

Ainda assim, se por qualquer razão que fosse, ficasse sem energia, poder-se-ia colocar pilhas normais com a utilização de um acessório (vinha com o equipamento) dentro do local das baterias.

De resto são sobejamente conhecidos os benefícios das pilhas de iões de lítio relativamente às recarregáveis comuns.

Malok0 Escreveu:A existência de pilhas para mim é sem dúvida uma vantagem.
São recarregáveis, substituíveis por baixo preço. E numa situação de desespero é só encontrar uma loja qualquer. Pilhas encontras num supermercado. Baterias de formato proprietário, duvido.

Ora bem. Em primeiro lugar, tenho um certo sentido ecológico, de preservação do Planeta, e se há coisa em que tocam todas as campainhas e alarmes é no conceito de descartável, de usar e deitar fora, que caracterizam, historicamente, as pilhas. Pronto, é verdade, há pilhas recarregáveis, e de resto nem me passaria pela ideia usar de outras.

Só que....

1) As pilhas recarregáveis, mesmo as suas campeãs de entre as campeãs, não têm o rendimento das descartáveis, nem, já agora, de uma bateria de formato proprietário como a dos eXplorist.

2) Por qualquer razão que me ultrapassa, o uso de pilhas comigo é pautado por todo o tipo de incidentes: as pilhas que foram postas carregadas no GPS estão descarregadas dois dias depois, quando o ligo no terreno; pensava que tinha estas pilhas carregadas e afinal estão descarregadas; esqueci-me de trazer as pilhas extras (sintomático da incapacidade de um par de pilhas AA recarregáveis manter um GPSr vivo - pelo menos os que usei até agora - um dia inteiro); perdi as pilhas extras; quero comprar pilhas e não encontro em lado nenhum. Tudo isto, e provavelmente mais variantes que agora não me ocorrem, já sucederam comigo, quando tinha o Garmin eTrex. Não suporto pilhas! Em contrapartida, três anos com um Magellan a bateria, acho que fiquei agarrado, por nabice e desmazelo, duas vezes ou três. Sem contar que se pode perfeitamente ter uma bateria de reserva.

Quanto ao Dakota...

Malok0 Escreveu:Mas isso nem wherigo player tem. Colocava sem qualquer dúvida de parte.

That's it? Não tem WherIGo e fica de parte. Pronto, se és um maluco por isso podia-se compreender. Já eu, ter ou não ter WhereIGo, ou cantar o fado do Alfredo Marceneiro ou não, vai dar ao mesmo. Só que há uma coisa... a última vez que olhei, nas 5.000 caches que há em Portugal, existiam 4 dessas. Não é um bocado curto, para influenciar numa decisão de compra, mesmo para quem até ache piada à modalidade? E isso já existe há tempo suficiente para se poder dizer com alguma margem de segurança que é mais um projecto furado da Groundspeak - alguma vez o Jeremy teve alguma ideia boa para além de adoptar o conceito de Geocaching criado por outrém?