Entendam isto como o relato de testes mais ou menos empíricos. Não foram seguidos nenhums procedimentos sistemáticos. Foi a nossa experiência.
Testámos em tempos, um Garmin 60CSx. Este GPS está equipado com um chipset SirfIII, de alta sensibilidade.
Testámos junto com o Quest, que tem um chipset de sensibilidade "normal", sendo essencialmente equivalente a qualquer outro GPSr dito "normal", seja Garmin ou Magellan (ambas equivalentes, nesta classe de receptores).
O resultado começou por ser uma surpresa, mas acabou por fazer sentido. O 60CSx mostrava, em condições normais, uma precisão bastante má, na ordem das várias dezenas de metros, enquanto o Quest mostrava uma precisão próxima da dezena.
Naturalmente, o 60CSx quase nunca perdeu sinal, enquanto o Quest andou mais vezes "perdido".
Quando era necessário tirar uma coordenada, a função de média em ambos os aparelhos acabava por reduzir a posição a valores muito semelhantes em ambos os aparelhos, com precisões muito equivalentes.
Durante o almoço, deixámos ambos os aparelhos a gravar o trajecto, imobilizados no carro. O resultado, no caso do Quest, foram meia dúzia de pontos. No caso do 60CSx, foi marcada uma nuvem. Ambos os aparelhos optimizam a gravação de pontos.
Uma descrição sucinta do funcionamento de um chipset normal e do SirfIII explica estes comportamentos.
Um chipset normal começa por filtrar os sinais de GPS com base na sua intensidade, descartando todos os que sejam demasiado fracos. Esta técnica reduz a influência de sinais reflectidos, simplificando o cálculo de posição. Tem apenas 12 canais, normalmente, mas como praticamente só apanha sinais directos de satélite, estes 12 canais chegam.
O SirfIII, por outro lado, apanha sinais extremamente fracos e usa algoritmos mais sofisticados para descartar ou aproveitar sinais reflectidos, conseguindo calcular uma posição mesmo quando os sinais são de fraca qualidade. O compromisso é que quando os sinais são de fraca qualidade, a posição calculada também sofre, mas pelo menos existe, ao contrário do Quest (e equivalentes) que ficam "perdidos".
Os prós e contras do chipset SirfIII serão provavelmente semelhantes noutros chipsets de alta sensibilidade, mas era porreiro comparar modelos ao vivo e a cores.
De resto, quando se tira uma coordenada, nós costumamos tirar várias posições (Quest), incluindo algumas em que deixamos o aparelho a fazer a média durante uns minutos (ele tira uma amostra por segundo). A posição final apresentada costuma ser um valor calculado (mesmo que a olho) a partir das várias posições tiradas na altura, do conhecimento do terreno e de uma dose de palpite. O MapSource (ou melhor, os mapas da Garmin) são assumidos como de alta precisão, porque esta tem sido a impressão que nos têm deixado ao longo de 3 anos.
A malta que tem tirado coordenadas tem normalmente feito um bom serviço. Em zonas de boa captação, o ponto zero é muito preciso. Acontece é que por vezes o disfarce da cache tb é bastante bom!
Volta e meia surge nos fóruns da Groundspeak algum pessoal que gosta de introduzir erros propositados para "apimentar" as buscas

. Ora o erro não propositado já é bastante grande e um bom disfarce dá já dá bastante trabalho e bastante mais gozo do que andar a fazer o varrimento a uma área.
Bom, esperamos que isto ajude ou pelo menos não seja muito aborrecido de ler.
Nuno
Rifkindsss
PS: E sim, 3, 4 metros de erro é mesmo muito bom!